sábado, 21 de maio de 2011

Isso você tem que saber sobre esteróides anabólicos

Estrutura química do hormônio anabólico natural, a testosterona: 17b-hidróxi-4-androsten-3-um.


Os esteróides androgênicos anabólicos (EAA ou AAS - do inglês Anabolic Androgenic Steroids), também conhecidos simplesmente como anabolizantes, são uma classe de hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos,


especialmente o muscular e ósseo. São substâncias geralmente derivadas do hormônio sexual masculino, a testosterona, e podem ser administradas principalmente por via oral ou injetável. 


Atualmente não são utilizados somente por atletas profissionais, mas também por pessoas que desejam uma melhor aparência estética, inclusive adolescentes. Os diferentes esteróides androgênicos anabólicos têm combinações variadas de propriedades androgênicas e anabólicas. Anabolismo  é o processo metabólico que constrói moléculas maiores a partir de outras menores.

Hoje os esteróides anabólicos são controversos por serem muito difundidos em diversos esportes e possuírem efeitos colaterais. Enquanto há diversos problemas de saúde associados com o uso excessivo de esteróides anabólicos, também há uma volumosa quantidade de propaganda "ciência-lixo” e concepções errôneas da população sobre seu uso. Os esteróides anabólicos são controlados em alguns países incluindo os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Estes países possuem leis que controlam seu uso e distribuição.

Óleos para crescimento localizado

Uma atitude que vem espantando médicos e especialistas sobre o assunto é a aplicação localizada de óleos em pequenos grupos musculares. É normal que a maioria dos atletas possuam algum grupo muscular que não acompanhe o ritmo de crescimento dos outros músculos, sendo assim na metade dos anos 1990 Chris Clark anunciou uma invenção que revolucionaria o mundo da musculação. Sua invenção realmente se tornou a solução para alguns, mas também se tornou um pesadelo para outros. O chamado Synthol é basicamente um óleo que causa uma inflamação no músculo onde é aplicado. Mas não há nenhum processo anabólico envolvido, nenhum aumento de força ou energia. Quando se faz uso dessa prática o óleo que entra no músculo causa um grande estrago já que no momento em que entra em contato com as fibras musculares, estas são destruídas e o organismo tem como defesa cercar esse óleo com tecido adiposo. O óleo fica estagnado no local, formando um "tumor" no local. No Brasil o Synthol não chegou a ser comercializado, mas foi substituído pelos conhecidos Potenay, ADE, Ganekyl, óleo mineral, Androgenol entre outros. As aplicações desses óleos até não são tão graves, mas o exagero começou a tomar conta dos usuários desses produtos. As aplicações que antes eram feitas raramente para "corrigir" o tamanho de um determinado músculo se tornaram freqüentes, criando aberrações conhecidas no mundo inteiro como Gregg Valentino, que atingiu o maior perímetro de bíceps, mas também seu corpo se tornou motivo de chacota no mundo inteiro. Esse exagero chegou ao Brasil e é constantemente relatado por jornais no país inteiro, como no ano de 2007 quando um jovem aplicou 300 ml de óleo de cozinha em cada perna. Sua perna não resistiu às constantes inflamações, o músculo necrosou e a pele se desfez o que fez com que sua perna ficasse em carne viva. Outra história famosa na internet é a de dois jovens que aplicaram em cada um de seus braços, 160 ml e 200 ml de óleo mineral, respectivamente. O primeiro jovem citado, que tinha um perímetro de 29 cm de perímetro de braço, acordou no outro dia com uma febre altíssima e seu braço havia aumentado 7 cm. O jovem precisou ficar internado, pois entrou em coma, mas conseguiu sobreviver. Seu amigo não teve a mesma sorte: no outro dia após as aplicações ele havia amanhecido morto. Esse tipo de prática faz com que a imprensa generalize os casos tratando estes como esteróides anabolizantes. O que não é verdade, esses óleos são frutos de um ato não pensado, o que revelam as fotos sobre os usuários: O uso de óleos domésticos possui grandes chances de causar necrose em seu músculo tendo como solução a amputação do membro.

Mecanismo bioquímico

Os efeitos fisiológicos dos andrógenos como a testosterona e a diidrotestosterona são vastos e vão desde o desenvolvimento fetal para a manutenção de músculos e massa óssea até a vida adulta incluindo o estimulo de estirões de crescimento na puberdade, indução de crescimento de cabelo, produção de óleo pelas glândulas sebáceas e sexualidade (especialmente no desenvolvimento fetal). Os esteróides anabolizantes são bacanas androgênicos e conseqüentemente produzem efeitos androgênicos no corpo. Os andrógenos estimulam a miogenese,que é a formação de tecido muscular. Também são conhecidos por causar hipertrofia dos dois tipos (I e II) de fibras musculares, embora o mecanismo de como isso aconteça ainda não seja totalmente compreendido e existem poucos mecanismos aceitos através dos quais isso pode ocorrer. É amplamente entendido que doses supra fisiológicas de testosterona em homens não-hipogonadais aumenta a densidade do nitrogênio e aumenta a massa magra (muscular) ao mesmo tempo em que diminui a gordura, particularmente a abdominal. O aumento na massa muscular é predominantemente da musculatura esquelética e é causado por um aumento na síntese de proteínas musculares ou possivelmente uma diminuição na quebra de proteínas musculares.Existem hipóteses de que andrógenos regulam a composição do corpo ao promover o compromisso de células mesenquimais pluripotentes em linhagens miogênicas e inibindo sua diferenciação em linhagens adipogênicas. Entretanto os andrógenos podem também cumprir um papel anticatabólico ao inibir a atrofia dos músculos esqueléticos através da ação antiglicocorticóide independente do receptor de andrógeno.

Efeitos anabólicos e de virilização
 
Os esteróides androgênicos anabólicos produzem tanto efeitos anabólicos e de virilização (também conhecidos como efeitos androgênicos). A maioria dos esteróides anabólicos funciona de duas maneiras simultâneas. Primeiro, eles funcionam ao se ligar ao receptor andrógeno e aumentando a síntese protéica. Segundo, eles também reduzem o tempo de recuperação ao bloquear os efeitos no tecido muscular do hormônio do stress, o cortisol.Como resultado, o catabolismo da massa muscular corpórea é significativamente reduzido.

Exemplos dos efeitos anabólicos:

Aumento da síntese protéica a partir de aminoácidos.
Aumento da massa e força muscular.
Aumento do apetite.
Aumento da remodelagem e crescimento ósseos
Estimulação da medula óssea,aumentando a produção de células vermelhas do sangue.
Exemplos dos efeitos de virilização/andrógenos:

Crescimento do clitóris (hipertrofia clitoriana) em mulheres e do pênis em meninos (o pênis adulto não cresce indefinidamente mesmo quando exposto a altas doses de andrógenos)
Aumento dos pêlos sensíveis aos andrógenos (pêlos púbicos) da barba,do peito e dos membros
Aumento do tamanho das cordas vocais,tornando a voz mais grave
Aumento da libido.
Supressão dos hormônios sexuais endógenos.
Espermatogênese prejudicada.
Efeitos colaterais possivelmente não desejados
 
 
Efeitos colaterais em homens

Ginecomastia - Desenvolvimento das mamas nos homens. Geralmente isso ocorre devido a altos níveis de estrogênio circulante. Esses níveis também são resultado da taxa aumentada de conversão de testosterona em estrogênio via enzima aromatize.
Função sexual reduzida e infertilidade temporária
Atrofia Testicular - Efeito colateral temporário que é devido ao déficit nos níveis de testosterona natural que leva à inibição da espermatogênese. Como a maioria da massa do testículo tem com função o desenvolvimento do espermatozóide, o tamanho dos testículos geralmente retorna ao tamanho natural quando a espermatogênese recomeça, algumas semanas após o uso do esteróide anabólico ser cessado. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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